Preço
Talvez o ponto mais polêmico da
chegada dos novos consoles ao Brasil tenha sido o preço, que e deixou
muitos de cabelo em pé, especialmente pela diferença quando comparado ao
valor praticado lá fora. Lançados oficialmente por US$ 400 e 500
(Playstation 4 e Xbox One com Kinect) os consoles chegaram por aqui
custando R$ 4.000 e R$ 2.300, respectivamente.
O PlayStation 4
vem acompanhado apenas do básico – cabo de alimentação, cabo HDMI,
headset, um controle e o console. A Playstation Camera não acompanha o
pacote, e pode ser comprada separadamente por US$ 59 (o sensor ainda não
é vendido oficialmente no Brasil). Um controle sai por R$ 299 na loja
da marca.
Apesar do valor nacional salgado, o console da Sony
pode ser encontrado em diversas lojas por pouco menos de R$ 1.800.
Tratam-se de aparelhos importados, que na maioria das vezes não possuem
qualquer tipo de cobertura da garantia nacional da Sony.
O
Xbox One, concebido para ser um aparelho mais caro, terminou saindo mais
barato por aqui graças à fabricação local. Além da fonte de
alimentação, cabo HDMI, headset, controle e console, a caixa acompanha o
novo Kinect. A Microsoft também anunciou uma versão sem o sensor, que
chega às lojas em junho por R$ 2.000. O controle pode ser encontrado por
R$ 200 em revendedores oficiais da marca.
Design
Apesar de toda a discussão em relação ao visual dos consoles, a
verdade é que os aparelhos são um tanto parecidos. Ambos adotaram uma
carcaça separada em duas partes, uma fosca e outra mais brilhante.
O
PS4 é consideravelmente menor do que o concorrente, tendo as medidas
comparáveis às de um PS3 Slim, O design é arrojado, cheio de cortes
diagonais e uma grande barra de luz que separa os dois lados do console.
Já o Xbox One aposta em um visual mais tradicional, apoiado na ideia
de ser o centro da sala de estar. Grandalhão, o console não chega a ser
feio, mas certamente carece de algum carisma. O aparelho não tem lá
muitos detalhes, com exceção do botão on/off, fundido ao painel e
iluminado.
Controles
Mesmo com o
padrão de botões estabelecido, os controles terminam sendo parte
importante na escolha de qual aparelho levar para a casa. Muito mais do
que o design, os joysticks têm pegadas diferentes, que podem ser mais
adequadas a certas mãos ou mesmo estilos de jogos.
DualShock 4
O PlayStation 4 vem
acompanhado do DualShock 4, que não é nada menos do que o primeiro
controle totalmente novo lançado para um console da Sony desde o
PlayStation original, que chegou na metade dos anos 90.
O
controle é mais alongado do que o seu antecessor, e conta com um
touchpad posicionado bem no centro. Outra novidade é o botão share, que
permite que o jogador grave e compartilhe imagens e vídeos dos seus
jogos com um simples comando. Uma barra luminosa no topo do controle
também incrementa o visual, além de garantir compatibilidade com o
futuro óculos de realidade virtual do console.
Nas mãos, o DualShock 4 é claramente superior ao seu antecessor. As
laterais mais espaçadas permitem um acomodamento mais adequado das mãos,
além de facilitar o acesso aos botões de ação. Os analógicos, mais
resistentes e bem desenhados, foram movidos para cima, melhorando
sensivelmente a precisão em games que requerem comandos mais delicados.
O
controle continua alimentado por uma bateria recarregável interna.
Basta ligar o DualShock 4 ao console ou qualquer outra fonte de energia
usando um cabo Micro USB. O problema é que a bateria não dura lá grande
coisa, tendo que ser recarregada a mais ou menos cada 10 horas de uso,
quando usado com as configurações padrão.
Xbox One Controller
Como
diz o ditado, time que está ganhando não se mexe. Esse certamente foi o
princípio aplicado pela Microsoft na hora de entregar o controle do
Xbox One. O Joystick, apesar de algumas boas mudanças (e outras nem
tanto), se assemelha muito ao modelo do Xbox 360, que arranca suspiros
dos fãs de videogames.
O controle tem basicamente o mesmo
formato do antecessor, mas com algumas correções que o deixam mais
anatômico e confortável. Os gatilhos agora são maiores, e ganharam o
interessante sistema de vibração independente, que faz com que os botões
reajam a pancadas, freadas ou tiros.
Os analógicos também foram alterados. Mais altos e finos, facilitam o
manuseio preciso. O direcional digital foi criado do zero na esperança
de melhorar o terrível d-pad do 360, e faz um bom trabalho em jogos como
Killer Instinct. Os botões LB e RB, por outro lado, parecem um tanto
imprecisos, especialmente quando comparados ao controle do antigo
console.
Uma das decisões mais comentadas foi a de manter as
pilhas como alimentação principal do controle. Apesar da necessidade de
comprar ou recarregar constantemente as baterias, a vida útil de cada
recarga é bastante superior à do PS4, podendo chegar ao dobro com pilhas
de qualidade.
Sistema operacional
Os
sistemas operacionais são os responsáveis pelas características e
funções dos consoles funcionando. Especialmente nessa geração, o apelo
para aplicativos e operações multitarefas exige muito de cada um dos
aparelhos.
O PlayStation 4 ganhou uma interface que a
primeira vista pode parecer um pouco simplória demais. Uma grande barra
horizontal lista todos os jogos e aplicativos salvos no console, com a
ordem baseada na última vez que foram usados. Apesar da aparente
desorganização, é fácil e rápido navegar pela lista, onde tudo pode ser
executado com bastante agilidade.
O console apostou em uma espécie de rede social, que lista em forma
de feed todas as ações de amigos, incluindo novos games jogados,
conquistas ou vídeos compartilhados. Apesar de interessante, a função
parece não despertar muito o interesse dos jogadores.
O
desempenho geral do sistema é bastante agradável, já que raramente as
ações demoram ou de alguma forma engasgam. É extremamente rápido sair de
um jogo e ir até a lista de amigos, por exemplo.
Para o Xbox One, a Microsoft apostou num visual ainda mais parecido com o do Windows 8,
com aplicativos, jogos e opções separados por pequenos quadrados por
toda a tela. É possível marcar alguns games como favoritos, que ficam
separados em uma área específica, ajudando a achá-los mais facilmente.
A
tendência de incluir uma rede social ao sistema também chegou ao Xbox.
Assim como no PS4, é possível compartilhar com amigos e seguidores
conquistas e vídeos do console, mas as postagens não costumam ser
muitas, além do conteúdo automático gerado.
As tarefas mais simples como navegar pelos menus são simples e ágeis,
mas podem se tornar um pouco irritantes em alguns momentos. O sistema
ainda parece um pouco instável, resultando em uma série de bugs e
atrasos na abertura de aplicativos ou mesmo na hora de mover o cursor.
Jogos exclusivos
Funções,
controles e desempenho são importantes, mas certamente não falam mais
alto na escolha do que os jogos disponíveis. PlayStation 4 e Xbox One já
têm alguns bons games, entre exclusivos e multiplataforma.
O
PlayStation 4 iniciou sua trajetória com poucos games exclusivos. Entre
os destaques, estavam apenas Killzone Shadow Fall e Knack, considerados
os únicos blockbusters exclusivos. Mais recentemente, o bom InFamous:
Second Son também chegou ao PS4.
Para os próximos meses, as grandes apostas ficam por conta de Drive
Club, The Order 1886 e o iminente anúncio de um novo Uncharted.
O
Xbox One ganhou uma variedade maior de exclusivos logo no lançamento.
Entre os títulos estavam Ryse: Son of Rome, Dead Rising 3, Forza
Motorsport 5 e Killer Instinct. Como grande nome, o console tem o FPS Titanfall, também lançado para PC.
Com menos destaque também chegaram Lococycle, Powerstar Golf, Zoo Tycoon e Crimson Dragon. Os próximos meses prometem Halo, Gears of War, Sunset Overdrive, uma nova versão de Forza Horizon e o aguardado Quantum Break.
Apps
Assim
como nos telefones e televisões, os aplicativos fazem cada vez mais
parte dos consoles, já que adicionam funções e serviços diversificados
aos aparelhos. PS4 e Xbox One não ficam de fora, contando com uma boa
variedade de apps.
Entre os mais populares estão os serviços de transmissão de vídeo Netflix, Crackle, Hulu Plus e
RedBox Instant. Também é possível conferir conteúdo sobre games
gratuitamente no app Machinima, disponível nas duas plataformas.
O Kinect prometia uma experiência revolucionária ao controlar o Xbox
One. No entanto, em seis meses o sensor passou de estrela do pacote a
peça opcional. Sejamos justos, o aparelho até possui algumas funções
bacanas, como abrir jogos e controlar aplicativos sem usar controles.
O
problema é que na prática, a experiência pode ser um pouco frustrante,
já que nem todas as vezes o sensor entende bem as ordens. Para
economizar um bom dinheiro, talvez não seja uma péssima ideia abrir mão
do Kinect.
Rede online
Separadas na
última geração pela taxa mensal exigida pela Xbox Live, as redes online
parecem muito mais equilibradas atualmente. Isso porque a Sony resolveu
também cobrar mensalmente pelo acesso a partidas online no PS4.
Apesar
das taxas, os serviços também melhoraram bastante. Hoje em dia os
assinantes da PSN Plus recebem mensalmente um novo game de graça. A
mesma conta também é compatível com o PS3 e Vita, que também são
beneficiados por jogos grátis. Também estão disponíveis descontos em
diversos jogos e alguns serviços exclusivos, como backup automático de
saves.
No Xbox One a Live parece não ter mudado muito em relação à versão do
Xbox 360. Mais consistente do que a concorrente, a rede peca por ainda
não oferecer nenhum tipo de game grátis ou serviço extra aos usuários. A
Microsoft, no entanto, já avisou que planeja liberar em junho o
programa Game with Gold, que presenteará os jogadores com jogos como Halo: Spartan Assault e Forza 5.
fonte:http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/05/ps4-x-xbox-one-veja-comparacao-entre-os-dois-consoles-da-nova-geracao.html